A
Polícia Civil de São Paulo informa já não ter dúvidas sobre quem ordenou a
trama para a morte dos traficantes “Gegê do Mangue” e “Paca”, integrantes da
facção PCC. Ambos foram assassinados no Ceará há duas semanas. Conforme as
investigações das autoridades paulistas, um foragido do antigo presídio do
Carandiru (já extinto) foi quem passou a ordem para a dupla execução.
Trata-se
de Gilberto Aparecido dos Santos, conhecido por “Fuminho”,
fugitivo da antiga Casa de Detenção. Ele está sendo caçado pelas autoridades
policiais de São Paulo e também do Ceará. “Fuminho” é um dos chefes do tráfico
de drogas e do PCC na região da Baixada Santista e foi de lá que um grupo de
criminosos embarcou no dia 14 de agosto para Fortaleza com o objetivo de
matar Rogério Jeremias de Simone, o “Gegê do Mangue”; e Fabiano
Alves de Souza, o “Paca”.
Aqui
em Fortaleza, o bando foi recepcionado por uma mulher que também seria
integrante do PCC. Trata-se de Maria Jussara da Conceição Ferreira
Santos, moradora de Santos e que estava também em Fortaleza. Nas imagens
captadas pelas câmeras do hotel onde o grupo se hospedou na noite do dia 14 de
fevereiro, Jussara aparece recepcionando o bando. Ela fala, em especial, com o
homem que comandou a matança, no caso, o traficante Wagner Ferreira da
Silva, o “Waguinho” ou “Cabelo Duro”, que uma semana
depois foi também assassinado, em São Paulo.
Nomes falsos
Segundo,
ainda, a Polícia paulista, “Fuminho” usa, pelo menos, quatro identidades
falsas. Também sabe que Jussara teria escolhido o local onde “Gegê do Mangue” e
“Paca” seriam mortos na noite do dia 15 de fevereiro. Os corpos somente foram
encontrados no dia seguinte e a identificação e reconhecimento das vítimas só
ocorreram no dia 19, na sede da Perícia Forense do Ceará (Pefoce).
Jussara,
assim como “Fuminho” e outros sete envolvidos no crime, tiveram prisão
preventiva decretada em São Paulo e no Ceará. Os dois estão foragidos, enquanto
“Cabelo Duro”, que comandou pessoalmente a dupla execução, foi assassinado.
Estão
também foragidos os seguintes suspeitos: Felipe Morais (piloto
do helicóptero que transportou os bandidos para o local do crime), Carlos
Santos, Ronaldo Pereira da Costa, André Luís da Costa Lopes, Érick Machado
Santos e Tiago Lourenço de Sá e Lima, todos residentes e
atuantes no tráfico de drogas e nos negócios do PCC na Baixada Santista.
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