A Organização Mundial da Saúde (OMS) informou neste domingo (5) que já foram confirmados 780 casos de varíola dos macacos em todo mundo.
O número corresponde ao intervalo entre 13 de maio e 2 de junho e contabiliza apenas pacientes identificados em locais onde a doença não é endêmica. Segundo a organização, investigações epidemiológicas estão em curso.
"A repentina e inesperada aparição de varíola dos macacos simultaneamente em variados países onde a doença não é endêmica sugere a possibilidade de transmissão desconhecida já por algum tempo, seguida de eventos recentes que espalharam o vírus", afirmou a OMS.
Varíola dos macacos: cientistas alertaram para risco global em 2018 — Foto: SCIENCE PHOTO LIBRARY/BBC
O órgão avalia que o risco global causado pelos surtos é moderado, já que esta é a primeira vez que tantos casos são reportados em diferentes locais fora do continente africano.
Até 2 de junho, a varíola dos macacos já havia chegado a 27 países fora da África e não há qualquer registro de morte em decorrência da doença nestes locais.
Nas regiões onde a varíola dos macacos é endêmica, no entanto, houve 66 mortes desde o início do ano - a maioria delas, concentrada na República Democrática do Congo, onde 58 pessoas morreram.
CDC investiga transmissão nos EUA
Os Centros de Prevenção e Controle de Doenças (CDC, na sigla em inglês), dos Estados Unidos (EUA), afirmaram contabilizar 700 casos em todo o mundo, 21 deles no próprio país. A informação é da Agência France Presse (AFP).
Pesquisas sobre a transmissão do vírus no território americano sugerem que já exista transmissão comunitária da doença por lá. Apesar disso, quase todos os casos são de pacientes que já se curaram ou estão em vias de recuperação.
"Há alguns casos nos EUA que sabemos que estão vinculados a outros casos conhecidos", afirmou a vice-diretora do departamento de Patógenos e Patologia de Alta Consequência do CDC, Jennifer McQuiston. "Além disso, há pelo menos um caso nos EUA que não está relacionado a viagens e do qual não sabemos como foi adquirida a infecção", disse.
A exceção é de um paciente que não tem qualquer relação com outras transmissões.
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