Aos 90 anos de idade, a médica cirurgiã, pesquisadora e professora emérita da Universidade de São Paulo (USP) Angelita Habr-Gama foi reconhecida pela Universidade de Stanford (EUA) como uma das médicas que mais contribuíram para o desenvolvimento da Ciência no mundo.
Angelita foi incluída entre os 2% de cientistas que mais se destacaram mundialmente, os mais citados em várias disciplinas, de acordo com dados de Stanford em parceria com a editora Elsevier BV.
“Esse reconhecimento é um estímulo para os médicos e cientistas brasileiros, um estímulo para progressão na carreira de outras pesquisadoras”, disse a médica gastroenterologista.
Referência mundial
Angelita entrou na faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo aos 19 anos, em 1952.
Ela traçou uma trajetória de conquistas e descobertas importantes para a ciência. Hoje, ela é referência mundial na especialidade em que atua, a coloproctologia, que estuda as doenças do intestino grosso, do reto e ânus.
A médica também foi a primeira mulher residente em cirurgia geral no Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo (USP). Pioneira, criou a disciplina de Coloproctologia na mesma instituição e foi a primeira a chefiar o departamento de Gastroenterologia da Faculdade de Medicina da USP.
Mais de 200 artigos científicos publicados
Angelita é reconhecida por alterar o paradigma mundial adotado durante quase todo o século 20 quanto ao método para o tratamento do câncer do reto baixo.
Entre os principais feitos, a cirurgiã publicou mais de 200 artigos científicos em revistas indexadas no PubMed, fundou a Associação Brasileira de Prevenção do Câncer de Intestino (Abrapreci) e foi nomeada coordenadora no Brasil do Programa de Prevenção do Câncer Colorretal pela Organização Mundial de Gastroenterologia (Omge).
Passou 50 dias entubada em UTI, se curou da covid e voltou a fazer cirurgias
Sim, essa mulher poderosa venceu covid no ano passado e a primeira coisa que voltou a fazer foi trabalhar no que ama.
A médica foi internada em 18 de março. Na data, segundo dados do Ministério da Saúde, havia 428 casos do novo coronavírus no Brasil e quatro mortes confirmadas.
Quando ela recebeu alta, em 10 de maio, eram mais de 161,6 mil casos e 11 mil mortes pelo vírus no país.
Felizmente nossa cientista consagrada conseguiu escapar e agora recebe mais esse reconhecimento internacional! Parabéns!
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