Moradores do entorno da barragem Jati, no interior do Ceará, foram retirados de suas casas preventivamente neste sábado (22) por conta do rompimento de uma tubulação, informou o Ministério do Desenvolvimento Regional. Segundo a pasta, 2 mil pessoas foram evacuadas e levadas para abrigos e casas de familiares. Não há registro de feridos.
A obra onde ocorreu o vazamento faz parte do Eixo Norte da transposição do Rio São Francisco, que foi inaugurado no dia 26 de junho pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido).
Os moradores foram levados para hotéis, pousadas e alojamentos na região, diz a pasta. Eles também poderão ir para para casas de parentes. A pasta diz que não há risco de rompimento da barragem.
O comandante do Corpo de Bombeiros do Ceará, coronel Eduardo Holanda, afirmou que a situação está sob controle e que não há risco iminente.
“Nesse momento a gente já pode passar para a população que a situação está sob controle e que não há risco eminente. A gente vai avaliar ainda a necessidade de retirada daquela comunidade mais próxima à barragem mas sob um caráter absolutamente preventivo. Não tem uma situação crítica no que se refere à segurança do equipamento”, disse o coronel.
O ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho, e o secretário nacional de Proteção e Defesa Civil, coronel Alexandre Lucas, irão ao local nesta manhã acompanhar a situação na barragem. Especialistas em segurança de barragens e em gestão de riscos também compõem a equipe da Defesa Civil Nacional enviada ao local, conforme o ministério.
Vazamento
O vazamento ocorreu um dia depois de o ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho, abrir a comporta que libera água da barragem de Jati para o Cinturão das Águas do Ceará (CAC), um sistema do Governo do Ceará que abastece outras cidades do Ceará, inclusive da Região Metropolitana de Fortaleza.
“O que ocorreu é que a tomada d’água apresentou um vazamento, houve um rompimento. Esse jato d’água todinho é devido à pressão. A preocupação é que esse jato está sendo jogado na ombreira da barragem e tem o processo erosivo, [mas] que aparentemente não afeta a barragem”, disse o secretário de Recursos Hídricos do Ceará, Francisco Teixeira.
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