Negociações devem ser feitas na Turquia, no próximo dia 15; solicitação do cessar-fogo incondicional é de 30 dias
A Turquia deve ser palco de decisões importantes no próximo dia 15 de maio. A data foi proposta pelo presidente da Rússia, Vladimir Putin, neste domingo (11), para iniciar negociações diretas com a Ucrânia em Istambul.
A declaração de Putin é dada horas após Kiev, capital da Ucrânia, e os aliados europeus da cidade terem solicitado a Putin que a partir de segunda-feira se inicie um cessar-fogo incondicional por 30 dias.
De acordo com o jornal O Globo, o presidente russo está determinado a realizar "negociações sérias para eliminar as raízes do conflito". "Não excluímos que durante as conversas possamos ser capazes de acordar algum novo tipo de cessar-fogo", disse Putin. Mandatários da Alemanha, França, Polônia e Reino Unido se reuniram no sábado com o presidente ucraniano Volodimir Zelensky, em Kiev, e, afirmaram que, caso Moscou não aceitasse a proposta, novas sanções seriam impostas, além de mais apoio militar para a Ucrânia. O tom da declaração foi de ameaça.
Segundo Putin, é preciso que acabem os ultimatos e a retórica antirrussa europeia. "Não excluímos que durante essas conversações possamos chegar a algum tipo novo de cessar-fogo".
Retomar conversações
Embora diálogos diretos tenham sido feitos em Istambul por negociadores ucranianos e russos nas primeiras semanas do conflito, os combates não cessaram.
Para Putin, as “raízes do conflito" na Ucrânia envolvem ampla gama de queixas contra Kiev e o Ocidente.
As justificativas são usadas pelo líder russo para justificar o lançamento da ofensiva ha três anos, em fevereiro de 2022.
Algumas delas incluem a suposta necessidade de "desnazificar" a Ucrânia, proteger os falantes de russo no leste do país, fronteira com a Rússia, e a península da Crimeia.
Expansão da Otan até as fronteiras russas e o giro geopolítico de Kiev rumo ao Ocidente também estão no pacote. "Propomos às autoridades de Kiev que retomem as conversações que foram interrompidas em 2022 e, enfatizo, sem nenhuma condição prévia, iniciando sem demora na quinta-feira, 15 de maio, em Istambul", destacou Putin.
Outro ponto diz respeito ao fato da destituição do presidente ucraniano Viktor Yanukovitch, em fevereiro de 2014.
À época, Putin declarou que houve um golpe de estado, sendo que em menos de 15 dias a Rússia enviou tropas para a Crimeia, região ucraniana de maioria russa.
via: diário do nordeste
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