A Kawasaki está atuando diretamente no Brasil há 13 anos e Sonia Harue, diretora comercial, participa desse desafio já há 12 anos. No ano passado, a Kawasaki comemorou um pouco mais de 10.000 motos vendidas no país. Para este ano há boas notícias também. No segundo semestre serão lançados quatro novos modelos.
Dois deles já estão confirmados, com a nova Z650RS e a Z900 R Editon. E ainda virão outros dois, que Sonia Harue preferiu deixar em suspense.
Com 10 novos modelos híbridos e elétricos sendo lançados no exterior, para o Brasil a Kawasaki também planeja trazer alguns modelos desse segmento, a partir de 2023 ou 2024. Com uma rede consolidada de 34 concessionários em todo o país, e com uma imagem forte da marca entre os motociclistas, Sonia explica que a Kawasaki segue sempre procurando a perfeição em seus produtos. A finalidade é que o consumidor possa ter diversão, com segurança.
Veja agora a entrevista com Sonia Harue e assista também aos vídeos da entrega do Moto de Ouro, premiação na qual a Kawasaki venceu na Categoria Esportiva, com a Ninja ZX-10R.
Sonia Harue: Acabei de completar 12 anos de Kawasaki. Na verdade, eu sempre fui apaixonada por motocicletas e acabei realizando um sonho, quando fui convidada a trabalhar na Kawasaki do Brasil. Em 2018 eu assumi a gerência comercial da empresa e depois veio também a área de marketing. E agora, este ano, eu fui promovida a diretora comercial e de marketing.
Você chegou a ter alguma dificuldade por ser mulher e lidar com um mercado masculino, principalmente?
Sonia: Eu sempre trabalhei mais com homens do que com mulheres. Para mim é trabalho, independentemente de ser homem ou mulher. Felizmente nunca tive nenhum tipo de problema nesse sentido. Tenho um time de homens e mulheres, respondo a um presidente que é homem. Na minha visão, a pessoa tem que se dedicar, fazer o que gosta e ir atrás do que ela quer. O principal é trabalho, dedicação e comprometimento.
A Kawasaki já tem 13 anos de Brasil. Na sua avaliação, como vem sendo o desempenho nesse período?
Sonia: A Kawasaki chegou no Brasil em 2008. Em 2009 já começou a construir a rede de concessionárias. Logo depois veio uma crise econômica. Mas os números estão de acordo com o que a nossa matriz esperava. Temos crescido de forma consolidada: não é aquele crescimento gigantesco, mas é um crescimento “pé no chão”. No ano de 2021 atingimos a marca de mais de 10.000 motos vendidas, o que já fazia muito tempo que não víamos acontecer. Então, está tudo dentro do crescimento esperado. Hoje temos 34 concessionárias no Brasil. Queremos ter parceiros fortes, o que resulta em fortalecimento da marca. Buscamos mais fãs. Hoje temos ouvido muito o mercado: tem coisas que precisamos escutar da experiência dos outros e ver o que podemos aproveitar. Tem muita coisa boa que ainda podemos fazer.
Nas últimas três edições do Moto de Ouro a Kawasaki foi premiada duas vezes: com a Ninja ZX-10R entre as esportivas e uma vez com a Z900RS na categoria das motos clássicas. Como vocês enxergam esse reconhecimento por parte do público que vota no nosso concurso?
Sonia Harue – A gente fica extremamente feliz. O público está entendendo o que é o nosso produto, que é muito estudado, muito elaborado, para que a pessoa se divirta e com segurança. Quando o consumidor tem a oportunidade de rodar com a nossa moto, ele se apaixona. Porque tudo que a Kawasaki faz é pensado no cliente final. O nosso produto é feito para divertir, para que o motociclista possa sair por aí e se libertar dos pesos. A nossa Ninja ZX-10R, por exemplo, é um produto que traz o nome Ninja, que tem muita força. A Z900RS é uma clássica e o nosso histórico nessa área é recente. Mas o modelo tem nos trazido muitas alegrias: é uma clássica, mas dá para fazer muita coisa com ela.
Para 2022 já estão confirmados a nova Z650RS e a Z900 R Editon. Podemos esperar mais novidades ou por enquanto são esses dois modelos que devem surgir no mercado brasileiro?
Sonia: Temos mais novidades ainda este ano, no segundo semestre. No total, serão quatro novos modelos. A Kawasaki acredita muito no negócio brasileiro. Estamos sempre apostando.
No mercado internacional a Kawasaki planeja apresentar até dez modelos híbridos e elétricos nos próximos anos. Para o Brasil, vocês consideram essa possibilidade de uma Kawasaki elétrica ou híbrida?
Sonia: Estamos considerando, sim. Talvez não venham os dez modelos, mas estamos analisando de trazer alguns produtos desse segmento. Precisa existir uma infraestrutura. Hoje ainda há muita deficiência com relação aos pontos de recarga. Precisa acontecer uma mudança, com investimentos que precisam ser feitos para que possamos trazer esses produtos. Mas claro que a Kawasaki Brasil está levando em consideração trazê-los. O presidente da Kawasaki Motors Company (Hiroshi Ito), eleito em outubro, foi o primeiro presidente da marca no Brasil. E ele tem muito carinho pelo nosso país e com certeza está pensando em muitas coisas boas para cá. Nessa área de elétricas e híbridas devemos ter novidades em 2023 ou 2024.
A Kawasaki chegou a ter alguma interrupção de produção em função de pandemia ou de falta de componentes para montagem?
Sonia: Nós tivemos uma redução no volume de produção. O reflexo do que acontece lá fora acaba vindo um tempo depois aqui. Assim como os demais, a gente também sofreu com peças faltando, ou com a receita federal trabalhando em lentidão. Mas nos esforçamos para que a produção nunca parasse 100%, para que houvesse o produto na ponta. Mesmo assim, faltaram componentes para alguns dos nossos produtos.Que mensagem você passaria para os fãs da marca?
Sonia: A mensagem é que a Kawasaki sempre continuará investindo e tentando melhorar os seus produtos, exatamente para a alegria de vocês. Vamos continuar apostando muito no mercado brasileiro e no mercado feminino também, porque as mulheres estão aí rodando muito de motocicletas. E vamos sempre buscar a perfeição das nossas motocicletas para alegria de todos.
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