Um contingente de aproximadamente 300 homens da Força Nacional de Segurança (FNS) será enviado pelo Governo Federal para o Ceará com o objetivo de restabelecer a ordem no Sistema Penitenciário e a combater a onda de atentados na Grande Fortaleza. Parte desse efetivo poderá chegar à Fortaleza ainda nesta sexta-feira (4). O governador Camilo Santana (PT) oficializou ao governo federal o pedido para que a tropa venha ao Ceará e obteve êxito.
A princípio, o ministro da Justiça e da Segurança Pública, Sergio Moro, afirmou que o emprego do efetivo somente aconteceria se ocorresse uma “deterioração da Segurança” e, então, disponibilizou para o estado os efetivos federais que já são baseados aqui, como a Polícia Rodoviária Federal e a própria Polícia Federal.
No entanto, agora há pouco veio a confirmação de que Moro autorizou o envio da tropa, que permanecerá no Ceará, a princípio, pelo prazo de 30 dias.
Também não está descartado o envio a este estado de um contingente da Força de Intervenção Penitenciária (FIP), que teria como missão auxiliar as equipes da Secretaria Estadual de Gestão Penitenciária a normalizar a disciplina nas unidades penais no estado, principalmente, os presídios e as casas de Privação Provisória da Liberdade que fazem parte do Complexo Penitenciário da Grande Fortaleza, nos Municípios de Aquiraz, Itaitinga, Pacatuba e Caucaia.
Pedido
Para que a tropa da Força Nacional de Segurança seja deslocada para qualquer estado brasileiro é necessária a prévia autorização do Ministério da Justiça e da Segurança Pública, e, para tanto, torna-se necessário um pedido com justificativas do governador.
A crise que se instalou com a onda de atentados criminosos no Ceará foi iniciada após o novo secretário da Gestão Penitenciária, Luís Mauro Albuquerque, afirmar que vai revogar o atual modelo de administração do sistema, em que o preso é separado por presídios de acordo com a facção à qual pertence. Ele também ordenou que fosse feita uma varredura em todas as unidades penais para a retirada de telefones celulares e outras medidas, como o fim de visitas íntimas e pernoites de mulheres nas cadeias.
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