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O AVRO RJ-85, da Lamia, que transportava a Chapecoense
Investigação preliminar de autoridades colombianas sobre a tragédia
com o avião que transportava a Chapecoense, e caiu perto de Medellín
matando 71 pessoas, aponta que a aeronave da Lamia tinha peso superior
ao reportado e que o piloto sabia que o combustível não era suficiente
para a viagem.
Segundo o coronel Freddy Bonilla, um dos
responsáveis pelo caso, o avião transportava mais de 1.000 quilos a mais
do que o informado no plano de voo, o que fez o consumo de combustível
aumentar, numa situação já extrema.
A investigação também detalha
os diálogos registrados pela tripulação na caixa-preta da aeronave, que
tinha quase 20 anos de uso. Eles mostram que a tripulação estava ciente
da falta de combustível. E que chegou a ser discutida uma escala em
Letícia, outra cidade colombiana, para reabastecimento, mas o que não
acabou acontecendo.
Bonilla também detalhou como foi a sequência dos efeitos da falta de combustível no avião.
"A velocidade começa a ser reduzida. O motor número 3 começa a se apagar devido à falta de combustível. Este avião tem 4 motores e nesse momento começa o desligamento não intencional do motor 3. A tripulação não reporta. 12 segundos depois, começa a se desligar o motor número 4. A controladora pergunta se o piloto precisará de auxilio em terra após pouso. Repito, novamente, não foi falada situação em que se encontrava", disse o coronel.
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