Derrotado na disputa pelo Governo do Ceará no ano passado e nomeado, nesta semana, secretário da Saúde de Maracanaú, o ex-deputado federal Capitão Wagner (União) já tem planos para 2024: o político quer disputar novamente a Prefeitura de Fortaleza.
Em entrevista ao Diário do Nordeste, ele admitiu, pela primeira vez, a pretensão e demonstrou otimismo mesmo após duas derrotas — em 2016 e 2020 — para o Executivo municipal.
“Ganhamos a eleição em 2022 na Capital e isso é um motivo mais que suficiente para que nosso nome esteja na mesa”, disse Wagner.
Nas eleições para o Governo do Ceará, em que Elmano de Freitas (PT) foi eleito chefe do Executivo estadual, Capitão Wagner venceu em Fortaleza. O candidato do União Brasil recebeu 602.050 votos, já o petista ficou com 545.677.
O resultado confirmou o bom desempenho na Capital do político da oposição, que já havia demonstrado sua força na eleição de 2020. À época, José Sarto (PDT) venceu no segundo turno, mas por uma margem apertada. O pedetista teve 668.652 votos, já Wagner conseguiu 624.892.
“O grupo tem muitos nomes, mas o nosso é um desses que está à disposição. Vamos discutir internamente no União Brasil se o meu nome é o melhor, se (eu) for escolhido pelo partido, vou discutir com os aliados para ver se a gente constrói um arco de aliança semelhante ao de 2022 para concorrer com chance”CAPITÃO WAGNERPresidente do União Brasil e secretário da Saúde de Maracanaú
CAPITÃO NA SAÚDE
Enquanto as definições eleitorais não começam, Capitão Wagner terá pela frente o desafio de comandar a Secretaria Municipal da Saúde de Maracanaú. Anunciando no início da semana, o político foi nomeado na última terça-feira (31) e assume as funções nesta sexta-feira (3).
O ex-deputado nega que a nomeação tenha objetivos eleitorais. “Nosso projeto político continua voltado para Fortaleza”, admitiu. Ele, no entanto, disse que terá como meta "humanizar a Saúde de Maracanaú", além de usar a “interlocução política para buscar recursos”.
“São 27 postos, três CAPs, um hospital grande, tem maternidade, UPA, policlínica, então é uma grande estrutura que, logicamente, precisa ser organizada e humanizada para que a gente possa levar saúde pública de qualidade”, disse.
O político ainda rebateu questionamentos sobre as qualificações dele como militar da reserva e como ex-deputado para comandar a pasta municipal da saúde. “Quando aos críticos, e entendo demais, o porquê de estar na saúde sendo de outra área: vou redobrar esforços, o meu empenho, para encontrar o resultado”, disse.
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