O dólar fechou em alta nesta terça-feira (3), pelo terceiro dia seguido, com investidores atentos a falas do novo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, em meio a preocupações sobre a saúde das contas públicas.
A moeda norte-americana encerrou o dia em alta de 1,75%, vendida a R$ 5,4520 – na maior cotação de fechamento desde 22 de julho, quando ficou em R$ 5,4977. Veja mais cotações.
Com o resultado, a moeda já acumula alta de 3,3% no ano.
O Ibovespa, principal índice da bolsa de valores de São Paulo, a B3, fechou em forte queda de 2,08%, indo a 104.166 pontos.
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Os investidores estiveram de olho nas sinalizações do ministro da Fazenda, Fernando Haddad. No dia anterior, Haddad afirmou que buscará uma "harmonização" entre a política fiscal (contas públicas) e monetária (definição de juros pelo Banco Central).
"Não existe mágica nem malabarismos financeiros. O que existe para garantir um Estado fortalecido é a previsibilidade econômica, confiança dos investidores e transparência com as contas públicas", disse.
Haddad também afirmou que o Ministério da Economia enviará, no primeiro semestre, proposta de uma nova âncora fiscal para as contas públicas, substituindo o teto de gastos.
Entre as medidas já anunciadas pelo governo está a prorrogação da desoneração dos impostos federais que incidem sobre os combustíveis.
Foram mantidas em zero as alíquotas de PIS/Pasep e Cofins que incidem sobre diesel, biodiesel, gás natural e gás de cozinha (até 31 de dezembro) e gasolina, álcool, querosene de aviação e gás natural veicular (até 28 de fevereiro).
Outras medidas anunciadas foram a prorrogação do valor de R$ 600 do Bolsa Família e a revogação da privatização de estatais.
Entre as declarações e ações do novo governo que repercutiram de forma negativa nos últimos dias está a menção de Lula ao teto de gastos em seu discurso de posse — o presidente chamou o mecanismo de "estupidez" e disse que ele seria revogado.
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