Fernanda Cabral, de 22 anos, morreu em março deste ano, e Cíntia está presa pelo crime, em Bangu. Segundo a polícia, ela é suspeita de ter envenenado a jovem e de ter tentado intoxicar propositalmente o irmão dela, Bruno Cabral, de 16 anos.
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O corpo de Fernanda foi exumado no dia 26 de maio para saber se ela também foi envenenada. Com base no prontuário médico, a perícia concluiu que a jovem morreu por intoxicação.
Cíntia Mariano está presa por suspeita de envenenar os enteados — Foto: Reprodução
Uma análise feita no corpo da jovem não chegou a detectar substâncias tóxicas, por já ter passado muito tempo da morte. Mas o laudo do Instituto Médico Legal (IML), feito após a exumação, concluiu que houve envenenamento.
Outro laudo IML, que também saiu esta semana, confirmou que Bruno foi igualmente envenenado. Os peritos do IML identificaram intoxicação por chumbinho e outros dois tipos de compostos tóxicos no material gástrico recolhido.
Essas eram as provas que a Polícia Civil esperava para ligar Cíntia à morte de Fernanda, além do envenenamento de Bruno. Com esta confirmação, a polícia vai pedir ainda essa semana a conversão da prisão de Cíntia, de temporária para preventiva.
Filha fala pela primeira vez
A filha de Cíntia falou pela primeira vez nesta quarta-feira (6). Ela não quis ser identificada, mas contou ao RJ2 que, inicialmente, não desconfiava da mãe, que não a visitou nem pretende visitá-la na cadeia.
"Acho que sim, as pessoas têm que pedir por justiça e continuar gritando do jeito que estão gritando mesmo, para que seja pena máxima, ela pague por tudo que fez", disse ela.
Ela contou que decidiu falar falar agora porque estava esperando os laudos que comprovaram, segundo indica a investigação policial até o momento, que os jovens foram envenenados - Cíntia é suspeita pelos crimes.
"Pra mim, ela não é mais minha mãe. Eu vou seguir, é uma coisa que só o tempo vai ajeitando. Estou tentando voltar a minha rotina", disse.
“Todo mundo que conhece ela [Cíntia Mariano] tá muito surpreso. Ela fez de uma forma que não deixou passos, não deixou rastros. Acredito que com o Bruno aconteceu para que a gente realmente pudesse descobrir da Fernanda. Se não acontecesse isso, ia passar batido”, falou.
Fernanda Cabral morreu em março — Foto: Reprodução/Redes sociais
A jovem morava com Cíntia e com o padrasto, Adeílson Cabral, em Realengo, Zona Oeste do Rio, e estava presente nas duas ocasiões: quando Fernanda passou mal, em março, e quando Bruno passou mal, dois meses depois.
Ela conta que Cíntia chegou a confessar o crime para ela e para o irmão.
“Eu falei: ‘me fala pra eu conseguir dormir’. Aí ela falou: ‘eu fiz’. E desligou o telefone. Segundo a filha, Cíntia também assumiu o crime pessoalmente.
“Ela tentou negar da Fernanda, mas do Bruno, ela, em nenhum momento negou. Aí eu fiquei falando da Fernanda e ela disse: ‘eu fiz’. Ela estava sentada e a minha mãe era uma pessoa que nunca deixaria eu gritar com ela. Aí eu gritei, gritei muito pela Fernanda, porque eu tinha uma relação muito boa com a Fernanda. Aí eu gritei e ela só escutava. Se a pessoa não fez nada, ela não deixa te acusarem assim".
Apesar de ter assumido para os filhos, a filha conta que Cíntia não revelou o motivo de ter envenenado os enteados.
Jane Cabral com a filha Fernanda, que morreu em março: "Crime está sendo comprovado" — Foto: Reprodução/Redes Sociais
Bruno Cabral: exames após suposto envenenamento e intubação — Foto: Reprodução/Rede social
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