Marcelo Arruda era guarda municipal há 28 anos — Foto: Arquivo pessoal
O juiz Gustavo Germano Francisco Arguello, da 3ª Vara Criminal de Foz do Iguaçu, no oeste do Paraná, determinou o retorno à Polícia Civil do inquérito que apura a morte do tesoureiro do PT Marcelo Arruda pelo policial penal federal Jorge Guaranho.
O inquérito foi concluído na semana passada pela polícia. Guaranho foi indiciado por homicídio qualificado por motivo torpe. Porém, após pedidos do Ministério Público do Paraná (MP-PR) e da família de Arruda, o magistrado determinou à polícia o cumprimento de novas diligências.
O crime aconteceu na noite de sábado, 9 de julho. Marcelo Arruda, de 50 anos, foi morto a tiros na própria festa de aniversário, que tinha como tema o Partido dos Trabalhadores (PT) e o ex-presidente Lula.
À Justiça, o promotor responsável pelo caso, Tiago Lisboa, cita a necessidade de buscar imagens de câmeras de segurança que possam ter registrado trajeto feito pelo policial penal no dia do assassinato.
Marcelo Arruda era tesoureiro do PT em Foz do Iguaçu — Foto: Arquivo pessoal
"Razoável seja diligenciado junto ao comércio, residências e vias públicas em que teria transitado o agressor, quando sai da ASSEMIB [Associação dos Empregados da Itaipu Binacional Brasil] em direção à ARESF [Associação Recreativa Esportiva Segurança Física de Itaipu] na data do fatídico evento, dirige-se à sua residência e posteriormente retorna à ARESF, para obtenção, com a urgência que a diligência requer, de câmeras de filmagem que possam ter capturado imagens do mesmo, a fim de traçar, com precisão, o percurso realizado pelo agressor", pede o promotor.
Lisboa afirma que, caso haja imagens, o conteúdo deve ser enviado ao Instituto de Criminalística para perícia. Também pediu a realização de depoimentos complementares. O MP cobrou urgência no cumprimento das diligências.
Polícia diz que fará buscas
Após a decisão judicial, a Polícia Civil afirmou nesta terça-feira (19) que "irá cumprir as diligências rapidamente".
"As perícias já tinham sido requisitadas pela autoridade policial à Polícia Científica, na semana passada; por enquanto, sem previsão de conclusão", informou a corporação.
Mais tarde, a polícia informou que nesta terça ouviu mais três testemunhas do crime.
Independente dos prazos de conclusão das novas medidas pela polícia, o Ministério Público marcou uma coletiva de imprensa para a tarde desta quarta-feira (20) na qual deve falar sobre a denúncia do caso.
O juiz responsável pelo processo também atendeu pedido do Departamento Penitenciário Nacional (Depen) para compartilhamento de informações colhidas nas investigações.
O compartilhamento busca colaborar com processo administrativo disciplinar aberto pelo Depen sobre Jorge Guaranho.
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