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Milhares vão às ruas na Alemanha protestar contra confinamento


Manifestante protesta contra medidas de isolamento em Stuttgart, na Alemanha. — Foto: Kai Pfaffenbach/Reuters
Manifestante protesta contra medidas de isolamento em Stuttgart, na Alemanha. — Foto: Kai Pfaffenbach/Reuters
Milhares de pessoas, principalmente da extrema direita e da esquerda radical, manifestaram-se neste sábado (16) em várias cidades da Alemanha contra as restrições impostas pela pandemia de coronavírus, um movimento que preocupa as autoridades.
Em Stuttgart, a prefeitura autorizou as manifestações com a condição de que não se reunissem mais de 5 mil pessoas. No entanto, um número muito maior participou do evento, o que levou a polícia a evacuar parte dos manifestantes para as ruas próximas.
Em Munique, sul do país, ocorreu algo semelhante. Mil manifestantes — o máximo autorizado — se reuniram no parque onde normalmente é realizada a Oktober Fest, festival da cerveja.
Policial detem manifestante durante protestos contra medidas restritivas do governo contra a Covid-19 em Berlim. — Foto: Fabrizio Bensch/Reuters
Policial detem manifestante durante protestos contra medidas restritivas do governo contra a Covid-19 em Berlim. — Foto: Fabrizio Bensch/Reuters
"Inúmeras pessoas se concentraram" nos arredores, porém, sem respeitarem as distâncias de segurança, afirmaram agentes no local.
Segundo a polícia, os policiais "interviram contra aqueles que se recusavam a sair".

'Alto nível de agressividade'

No total, foram realizados protestos em mais de uma dúzia de cidades, e todas foram rigorosamente monitoradas pela polícia, devido às restrições de aglomeração.
Em Frankfurt (oeste), cerca de 1.500 manifestantes se reuniram, enquanto um número semelhante de pessoas contrárias a eles também saiu às ruas aos gritos de "fora, nazistas!".
Manifestações também ocorreram em Berlim, em Bremen (norte, 300 pessoas), Nuremberg (sul), Leipzig (leste), todas com um fluxo de várias centenas de manifestantes; e em Dortmund, no oeste.
"Estamos aqui, porque nos preocupamos com as liberdades políticas", afirmou Sabine, de 50 anos, em Dortmund.
Alemães protestam em Stuttgart contra restrições adotadas para combater a Covid-19 — Foto: Kai Pfaffenbach/Reuters
Alemães protestam em Stuttgart contra restrições adotadas para combater a Covid-19 — Foto: Kai Pfaffenbach/Reuters
Os manifestantes (militantes extremistas, defensores das liberdades civis, oponentes às vacinas e até antissemitas) protestam contra o uso de máscaras, ou contra as restrições de circulação que permanecem em vigor depois do início da abertura no país. Alguns reivindicam o direito de se contagiar.
Apesar dos protestos, o final de semana teve a retomada da Bundesliga, o campeonato alemão de futebol.
Na semana passada, a violência marcou algumas manifestações. Na sexta-feira, manifestantes depositaram em frente à sede local do partido da chanceler Angela Merkel uma réplica de uma lápide com rosas vermelhas, velas e a mensagem: "liberdade de imprensa, liberdade de opinião, movimento e reunião — DEMOCRACIA 1990-2020".
A equipe de Merkel não esconde sua preocupação com o "alto nível de agressividade" dos protestos, nas palavras do porta-voz do governo, Steffen Seibert.
Essas manifestações permitem "juntar antissemitas, conspiracionistas e negacionistas", adverte o comissário do governo no combate ao antissemitismo, Felix Klein.
Manifestante usa máscara com os dizeres 'Alemanha minha terra natal' durante protesto em Stuttgart, na Alemanha — Foto: Kai Pfaffenbach/Reuters
Manifestante usa máscara com os dizeres 'Alemanha minha terra natal' durante protesto em Stuttgart, na Alemanha — Foto: Kai Pfaffenbach/Reuters
Para Klein, "não é surpreendente que as teorias antissemitas voltem a florescer na crise atual".
"Os judeus foram culpados pelas epidemias da peste, acusados de envenenar os poços", lembrou ele, em entrevista ao jornal "Süddeutsche Zeitung".



nanomag

Radialista Publicitario e Líder dos movimentos sociais.


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