Em
sua página pessoal "Blog do Garotinho", ele divulgou um texto na manhã
desta sexta-feira (27), intitulado "A Gangue do Cabral: ainda falta
muita gente" e no qual o ex-governador afirma que "não chega a ser
surpresa" nem o volume de US$ 100 milhões de propinas identificados pelo
Ministério Público Federal nem as "pessoas presas".
Além
de Cabral, estão presos em Bangu 8 seu ex-secretário de Obras Hudson
Braga e seu ex-assessor e sócio na empresa SCF Comunicação Carlos
Emanuel Miranda.
"Se somarmos todos os
integrantes da quadrilha que desviou dinheiro do Estado nos últimos 10
anos, de todos os setores, a quantia vai ultrapassar em muito US$ 3
bilhões que se transformaram em fazendas, joias, mansões, vacas
milionárias, embriões, offshores, castelos no exterior, iates e outras
indecências, que o povo do Rio assistiu o saque de seu patrimônio
hipnotizado por uma máquina de propaganda que fazia crer que o bandido
era o mocinho do Estado", diz Garotinho, ele próprio investigado na
Justiça Eleitoral sob acusação de liderar um esquema de compra de votos
no município de Campos dos Goytacazes (RJ).
Garotinho
ainda provoca e diz "estranhar" o fato de algumas pessoas ainda estarem
soltas. "O que me estranha é o contrário. Como com tantas provas
algumas pessoas ainda não estão presas", diz Garotinho.
Apesar
das provocações, o rival de Cabral também chegou a ser preso no dia 16
de novembro do ano passado pela Polícia Federal e quase fez companhia ao
peemedebista em Bangu. Ele foi detido em sua residência no bairro do
Flamengo, na capital fluminense, mas, por motivos de saúde,passou o
primeiro dia em um hospital municipal e foi transferido, aos gritos,
para o Complexo Penitenciário de Gericinó, em Bangu, no dia seguinte.
A
permanência dele em Bangu não durou muito tempo, pois Garotinho
precisou ser submetido a um cateterismo que foi realizado em um hospital
particular. No dia 18, a ministra Luciana Lóssio, do Tribunal Superior
Eleitoral, determinou liminarmente que o ex-governador fosse para prisão
domiciliar, decisão que foi referendada pelo plenário do TSE no dia 24
de novembro.
Solto, ele segue réu na Justiça
Eleitoral e provocando seus adversários políticos. Garotinho chega a
perguntar em seu blog quanto tempo "levará" para o governador do Rio
Luiz Fernando Pezão (PMDB), o presidente da Assembleia do Rio, Jorge
Picciani, e o conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio Régis
Fichtner terem o mesmo destino de Cabral - a Polícia Federal e a
Procuradoria da República não citam tais autoridades na Operação
Eficiência.
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