Relatórios do Ministério Público Federal já apontam 5.179 candidatos
com irregularidades para as eleições de 2016. O número foi obtido pelo
Sisconta Eleitoral, sistema criado para receber e processar
nacionalmente as informações de inelegibilidade pelos critérios da Lei
da Ficha Limpa (Lei Complementar nº 135/2010). Os dados estão sendo
analisados pelos promotores eleitorais, que podem pedir a impugnação dos
candidatos considerados "ficha suja".
Foram considerados os 488.276 candidatos que já pediram registro à
Justiça Eleitoral em todo o Brasil. O Sisconta recebe os dados de todos
eles e faz o cruzamento com as informações de irregularidades fornecidas
pelo Judiciário, tribunais de contas, casas legislativas e até
conselhos profissionais. A partir da publicação dos pedidos de registro
pela Justiça Eleitoral, os promotores têm 5 dias para apresentar a
impugnação, nos termos da Lei da Ficha Limpa.
Segundo a coordenadora do Grupo Executivo Nacional da Função
Eleitoral (Genafe), Ana Paula Mantovani, infelizmente, a legislação e as
resoluções do TSE para as eleições de 2016 não exigiram dos candidatos a
apresentação das certidões cíveis, onde poderia constar a inexistência
de causas de inelegibilidade, e a tarefa de descobrir eventual causa que
importe na inelegibilidade dos candidatos fica a cargo do MP Eleitoral.
"O Sisconta, ao cruzar as informações com milhares de dados recebidos,
já aponta ao promotor eleitoral uma possibilidade de impugnação do
registro", disse.
São Paulo foi o campeão em número de relatórios gerados: são 1.420
candidatos apontados com irregularidades. Depois vem o estado de Minas
Gerais, com 640, e o Paraná, com 476. Esses números devem aumentar
porque a Justiça Eleitoral continua analisando os pedidos de registro.
Depois de ajuizadas as ações de impugnação, cabe à Justiça Eleitoral
decidir pelo deferimento ou não dos registros.
Sisconta
O sistema foi desenvolvido pela Secretaria de Pesquisa e Análise
(Spea) da Procuradoria Geral da República. Utilizado pela primeira vez
nas eleições de 2012, o sistema permitiu ao Ministério Público Eleitoral
ter relatórios diários com o resultado de cruzamentos dos registros
bancários das contas-correntes eleitorais com os dados das prestações de
contas dos candidatos. Depois, foi ampliado para uso nas eleições de
2014, a pedido da Procuradoria Geral Eleitoral, por intermédio do
Genafe.
A novidade para as eleições de 2016 é que os promotores eleitorais
agora têm acesso direto ao Sisconta Eleitoral. Segundo o
secretário-adjunto de Pesquisa e Análise, Victor Veggi, "além do módulo
conta suja, que permitirá a identificação de possíveis irregularidades
no financiamento eleitoral, o Sisconta avançou ao permitir o acesso
externo pelos promotores eleitorais, o que foi essencial para a direta
identificação das notícias de inelegibilidade e impugnação de
candidaturas".
Segundo o vice-procurador-geral eleitoral, Nicolao Dino, todos os
trabalhos desenvolvidos têm por objetivo último dotar o MP Eleitoral de
boas condições para atuar com agilidade e eficiência, apresentando as
impugnações e representações que forem necessárias a assegurar a
legitimidade e a normalidade das eleições.
Confira os números por estado:
Home
CEARÁ ,
DESTAQUES ,
POLÍTICA ,
REGIÃO LESTE DO MUNICÍPIO DE SOBRAL ,
REGIONAL
ELEIÇÕES 2016 Relatórios do MPF aponta mais de 5 mil candidatos com irregularidades; 39 no Ceará
ELEIÇÕES 2016 Relatórios do MPF aponta mais de 5 mil candidatos com irregularidades; 39 no Ceará
By Eudes Quinto 00:11 CEARÁ , DESTAQUES , POLÍTICA , REGIÃO LESTE DO MUNICÍPIO DE SOBRAL , REGIONAL
Faça um comentário.