O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), impedido de sair do país, acompanhou a ex-primeira-dama, Michelle Bolsonaro, até o aeroporto de Brasília, onde ela embarcou neste sábado (18) como sua representante para participar da cerimônia de posse de Donald Trump como presidente dos Estados Unidos.
Com o passaporte retido por ordem do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, Bolsonaro não poderá comparecer ao evento desta segunda-feira (20), apesar de afirmar ter sido convidado.
No aeroporto, Bolsonaro chorou e declarou que "obviamente seria muito boa a minha ida lá", acrescentando estar "chateado e abalado". Ele também afirmou sofrer uma "enorme perseguição política por parte de uma pessoa, que decide a vida de milhões de pessoas no Brasil", e disse que a tristeza era pela partida de sua esposa.
Michelle, por sua vez, defendeu o marido, dizendo que seus adversários têm “medinho” dele e que “Deus vai ter misericórdia da nossa nação”.
Na quinta-feira (16), o ministro Alexandre de Moraes, negou o pedido de Bolsonaro para viajar aos Estados Unidos, alegando que os comportamentos recentes do ex-presidente indicam risco de fuga para evitar uma possível punição. A decisão apontou a ausência de documentos comprovando o convite formal do presidente eleito dos Estados Unidos.
Segundo Moraes, não foi anexado aos autos um documento que comprovasse o convite de Trump a Bolsonaro. A defesa do ex-presidente alegou que o convite havia sido feito por e-mail ao seu filho, o deputado Eduardo Bolsonaro (PL), mas o ministro considerou o e-mail como sendo de um "endereço não identificado" e sem informações detalhadas sobre o evento. Sem provas suficientes, Moraes negou o pedido de devolução do passaporte.
Bolsonaro teve o passaporte apreendido em uma operação da Polícia Federal (PF). Desde então, a defesa do ex-presidente já tentou reaver o documento em duas ocasiões, mas os pedidos foram recusados por Moraes.
via: jornal jangadeiro
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