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Feira ilegal de armas no WhatsApp tem participação de policial militar do Ceará

 


Um sargento da Polícia Militar do Ceará (PMCE) foi demitido da Corporação acusado de venda ilegal de arma de fogo no Estado. A Controladoria Geral de Disciplina dos Órgãos de Segurança Pública e Sistema Penitenciário (CGD) oficializou nessa terça-feira (24) a sanção máxima administrativa para Aridson Moreno da Silva, resultado de uma investigação que apontou o militar como responsável por vender armas de fogo.

Consta no Diário Oficial do Estado (DOE) que o PM teria participado de um grupo no Whatsapp intitulado como 'Feira Policial - G2', onde eram negociados os armamentos. Em julho de 2019, o policial foi abordado na BR-222, em Caucaia, em posse de um revólver calibre 38, com a numeração raspada.

De acordo com versões de policiais que participaram da ocorrência, o homem teria se identificado como PM, mas não apresentou carteira funcional. Quando questionado sobre a arma raspada, ele teria admitido que iria vendê-la, mas sem dizer para quem, conforme consta em denúncia do Ministério Público do Ceará (MPCE).

Os PMs disseram ter ido até a casa do suspeito na intenção de confirmar se ele se tratava ou não de um policial. No local, foram recebidos pela esposa do suspeito e apreenderam documentos de uma pistola 380, além da pistola calibre 40 que é da Corporação.

O PM foi detido em flagrante e denunciado pelo Ministério Público em setembro de 2019. 

Posteriormente, o suspeito apresentou a versão de que a arma era de um amigo e que foi infelicidade ela ter sido encontrada no seu carro. Segundo o ex-PM, ele esqueceu a arma dentro do veículo, mas iria em breve fazer o descarte correto da arma junto aos órgãos competentes. A defesa dele não foi localizada pela reportagem para comentar a demissão.

GRUPO DO WHATSAPP

No decorrer da investigação, o policial teria dito que não se recordava de ter postado ofertando armas no grupo do Whatsapp. No entanto, para a CGD, "todas as provas confluem para a comprovação de que tanto a denúncia repassada à equipe policial que realizou a abordagem, bem como a manifestação Ceará Transparente (Ouvidoria do Ceará), registrada quase um mês antes da prisão em flagrante do aconselhado, são verossímeis, e pelo conjunto probatório produzido levam ao convencimento de que o aconselhado estava em posse do revólver cal. 38 com numeração suprimida com a finalidade de comercializá-lo com alguém, sem conseguir concretizar o feito por ter sido abordado e preso em flagrante conforme narrado na Portaria deste processo disciplinar".

"O objeto apreendido com o aconselhado é um material bélico, sendo absurda a possibilidade de que um armamento com numeração suprimida e municiado possa ser dado como presente por gratidão a favores prestados a um suposto amigo. Não estamos aqui falando da compra de mercadorias comuns, mas de armas de fogo, que são produtos de circulação controlada"
CGD

A Controladoria destaca a negligência do acusado, que na época tinha 15 anos de serviço e diz ser  "injustificável ter recebido tal arma ilegal de terceiro, independentemente da versão apresentada pela Defesa, seja para o suposto “descarte” alegado ou como presente por gratidão a acompanhamentos particulares na suposta amizade com o auditor fiscal".



nanomag

Radialista Publicitario e Líder dos movimentos sociais.


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