A área sob alerta de desmatamento na Amazônia Legal em junho foi de 1.120 km² de floresta, a maior para o mês desde 2016, quando o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) começou o monitoramento no modelo atual.
É o terceiro ano consecutivo de recorde de área da floresta sob alerta de desmatamento – números acima de mil km² também já haviam sido registrados em 2020 e 2021 (veja gráfico).
De 1º de agosto de 2021 a 30 de junho deste ano, o sistema Deter-B do Inpe detectou 7.104 km² de floresta sob alerta de desmate. Esse número, entretanto, não representa o dado oficial de desmatamento – que é medido plo sistema Prodes, também do Inpe, e que costuma superar os alertas sinalizados pelo Deter.
Na temporada passada, por exemplo – de agosto de 2020 a julho de 2021 –, o desmatamento oficial medido pelo Prodes ultrapassou os 13 mil km².
Já o Deter, como é chamado o Sistema de Detecção de Desmatamento em Tempo Real do Inpe, produz sinais diários de alteração na cobertura florestal para áreas maiores que 3 hectares (0,03 km²), tanto para áreas totalmente desmatadas como para aquelas em processo de degradação florestal (exploração de madeira, mineração, queimadas e outras).
Estados que mais desmataram
Queimada em área desmatada em Novo Progresso, no Pará, em agosto de 2020 — Foto: CARL DE SOUZA / AFP
A Amazônia Legal corresponde a 59% do território brasileiro e engloba a área de 8 estados (Acre, Amapá, Amazonas, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins) e parte do Maranhão.
O Amazonas superou o Pará como estado "campeão" do desmatamento em junho: o Deter sinalizou 401 km² de área sob alerta de desmate no território amazonense, contra 381 km² no território do Pará.
Em terceiro lugar ficou Rondônia, com 139 km² de área sob alerta, e, em quarto, Mato Grosso, com 116 km².
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