A presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Cármen
Lúcia, marcou para o mês de maio a retomada do julgamento sobre a
restrição do alcance do foro privilegiado para parlamentares federais,
conforme antecipou o Broadcast Político. A ação é o primeiro item da pauta da sessão plenária do dia 2 de maio.
No
último dia 27 de março, o ministro Dias Toffoli devolveu a vista e
liberou para julgamento a questão de ordem que discute a limitação da
prerrogativa.
Em 23 de novembro do ano passado, Toffoli pediu
vista (mais tempo para análise) no julgamento, depois de ter sido
formada maioria no STF para reduzir o alcance do foro privilegiado para
deputados federais e senadores.
À época, Toffoli disse que
precisava refletir melhor sobre o assunto e esclarecer eventuais dúvidas
sobre as consequências da tese defendida pelo ministro Luís Roberto
Barroso, relator do processo.
Sete ministros já deram votos
favoráveis ao entendimento de que o foro privilegiado para políticos só
vale se o crime do qual forem acusados tiver sido cometido no exercício
do mandato e se for relacionado ao cargo que ocupam. Acompanharam o
entendimento de Barroso os ministros Luiz Fux, Rosa Weber, Edson Fachin,
Marco Aurélio Mello, Celso de Mello e Cármen Lúcia.
O voto
parcialmente divergente, do ministro Alexandre de Moraes, também defende
a limitação do foro apenas para crimes cometidos no mandato, mas propõe
que nestes casos as infrações penais, independentemente de terem
relação ou não com o cargo, sejam analisadas no STF de qualquer forma.
Prazo.
Conforme revelou a Coluna do Estadão em janeiro deste ano, Marco
Aurélio deu um prazo de 30 dias, a partir da volta do recesso do
Judiciário, para Toffoli devolver ao plenário o processo.
Depois
disso, Marco Aurélio avisou que ia começar a enviar à primeira instância
inquéritos de parlamentares que não estão enquadrados na tese de
Barroso, ou seja, que investigam crimes cometidos fora do exercício do
mandato e sem relação com o cargo que os parlamentares ocupam.
Em
dezembro do ano passado, Barroso decidiu enviar para a primeira
instância um inquérito instaurado contra o deputado federal Rogério
Simonetti Marinho (PSDB-RN) baseado no entendimento firmado pela maioria
da Corte de restringir o alcance do foro privilegiado.
No caso de
Rogério Marinho, o inquérito em tramitação no STF investiga a suposta
prática de crimes contra a administração pública ocorridos em 2005 e
2006, quando o tucano ocupava a presidência da Câmara dos Vereadores da
cidade de Natal, no Rio Grande do Norte. Com a decisão de Barroso, os
autos do processo foram enviados à 8ª Vara Criminal da Comarca de Natal.
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Cármen Lúcia marca para 2 de maio retomada do julgamento sobre foro privilegiado
Cármen Lúcia marca para 2 de maio retomada do julgamento sobre foro privilegiado
By Eudes Quinto 12:15 CEARÁ , DESTAQUES , JUSTIÇA , NACIONAL , POLÍTICA , REGIÃO LESTE DO MUNICÍPIO DE SOBRAL , REGIONAL
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