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Conheça quatro formas de usar o dinheiro das contas inativas do FGTS

Trabalhadores nascidos em janeiro e fevereiro com dinheiro para resgatar das contas inativas do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) têm um bom motivo para comemorar. Os valores estão liberados para saque nesta sexta-feira (10/3). Em todo o Brasil, serão 4,8 milhões de beneficiados. No Distrito Federal, 80 mil trabalhadores têm direito ao saque nesta primeira etapa, num valor total de R$ 126 milhões.
Para começar, um consenso: retire o dinheiro do FGTS. Se a quantia for deixada lá, ela vai render 6% ao ano, conforme anúncio do governo – percentual de remuneração menor que o da poupança (6% ao ano mais a taxa referencial – TR, que pode variar e já atingiu 6% em outros anos).
Mas, uma vez com o dinheiro em mãos, o que fazer? Pagar dívidas, gastar com compras ou investir a longo prazo? Confira as dicas de economistas.
Rafaela Felicciano/MetrópolesRafaela Felicciano/Metrópoles
1. Pague as dívidas
Quem tem pendências financeiras deve priorizá-las. Quitar o cartão de crédito e o cheque especial, cujos juros anuais já se aproximam a 500%, é a escolha mais consciente. “Não faz sentido botar dinheiro no banco para render em cima de juros se você está endividado. Não tem porque você receber juros de um lado e pagar juros do outro”, aconselha Rogério Olegário, planejador financeiro pessoal. A dica cai bem para a população endividada. No DF,  oito em cada 10 estão com contas pendentes.
Daniel Ferreira/MetrópolesDaniel Ferreira/Metrópoles

2. Consumir ou poupar?
Um dos objetivos do governo com a liberação dos saques do FGTS é incentivar o consumo, mas o professor de educação financeira da Universidade de Brasília (UnB) Newton Marques alerta que, em um momento de crise, é melhor manter uma reserva. “Quem poupar hoje vai conseguir consumir mais no futuro. Se você se convencer disso, consegue guardar esse dinheiro.”
O economista sugere que se faça três perguntas para fugir do consumismo: Você tem necessidade de comprar isso? Você tem dinheiro para isso? Você tem de comprar agora?. “Se para qualquer uma delas a resposta for ‘não’, aí vamos poupar”, ensina.

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3. Invista no mercado financeiro
Para quem está com as contas em dia e quer ganhar rendimento, há diversas opções no mercado — mesmo para aqueles que vão começar com um valor mais modesto. O que mais importa é o tempo que o dinheiro fica investido. “Não adianta nada investir para ficar tirando o dinheiro”, diz Rogério Olegário.
O economista também lembra que a taxa de rendimento é negociável nos bancos e que cabe ao investidor visitar instituições bancárias concorrentes que ofereçam condições mais atraentes para ter poder de barganha com o gerente do próprio banco.
Para quem vai receber mais de R$ 30 mil, duas dicas: consulte uma assessoria financeira e diversifique as fontes de investimento. Conheça-as:
Poupança
Indicada para quem tem pouco para investir. É a modalidade mais popular de aplicação e a mais conservadora, uma vez que só rende 6% ao ano mais a TR. Não há limitações para saque e é livre da incidência de Imposto de Renda. O consultor econômico e financeiro Ronalde Silva Lins recomenda que se evite concentrar os investimentos apenas em um dia do mês. Assim, quando a pessoa for sacar o dinheiro, não perderá o período da aplicação se retirar o valor fora do “aniversário”.
Tesouro Direto
Indicado para quem tem pouco para investir (a partir de R$ 30), mas busca segurança e maior rendimento que a poupança. O título público rende, aproximadamente, 12% ao ano (sem descontar o IR). É atrelado à taxa básica de juros (Selic). A modalidade possibilita saque a cada 30 dias.
Debêntures
Investimento de risco leve devido à oscilação de taxa. É indicado para quem tem mais para investir, em geral, acima de R$ 1 mil. É considerado boa opção a longo e médio prazo, já que a taxa costuma ser maior que 10% ao ano.
Certificado de Depósito Bancário
O CDB é um título privado cuja taxa rende mais que a das debêntures – varia muito entre bancos, uma vez que as instituições oferecem uma porcentagem baseada no Certificado de Depósito Interbancário (CDI). Também oferece risco pois o banco pode quebrar. Se isso acontecer, o investidor é protegido pelo Fundo Garantidor de Crédito (FGC) e recebe até R$ 250 mil de volta. Há restrição para o resgate do valor e cobrança de imposto de renda.

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4. Invista de outras formas
Há duas opções interessantes para quem não pensa em investir no mercado financeiro.
Construir uma casa para revenda
Comprar um terreno e construir uma casa de olho na revenda pode ser um forma segura, mesmo que demorada, de lucrar. Segundo Ronalde Silva Lins, é possível dobrar o capital inicial.
Montar um negócio
Investir num negócio seguro, como nas áreas de alimentação e vestuário, pode gerar renda extra. Ronalde recomenda revender produtos baratos que tenham boa circulação.



nanomag

Radialista Publicitario e Líder dos movimentos sociais.


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