ÚLTIMAS NOTÍCIAS
Search

Mulher de 58 anos é internada com raiva humana no Ceará; caso é 7º em 17 anos

 A paciente apresentou sintomas como náuseas, dificuldade de engolir e falar, além de hidrofobia; veja sintomas e como prevenir


Uma moradora de Jucás, no interior do Ceará, foi diagnosticada há uma semana com raiva humana, cerca de dois meses após ser mordida por um sagui — ou "soim", como popularmente é conhecido. Em 17 anos, é o quinto caso que se tem registro da doença transmitida por este animal no Estado.

De acordo com a Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa), a paciente tem 58 anos de idade e foi diagnosticada no Hospital São José (HSJ), referência em infectologia. Ela, primeiro, buscou atendimento no hospital municipal da cidade onde mora, no dia 27 de janeiro, com náuseasdificuldade de engolir e de falar e hidrofobia (aversão à água).

Devido aos sintomas, que são característicos da raiva humana, a mulher foi encaminhada no dia seguinte ao HSJ, e segue internada. O Diário do Nordeste procurou a Sesa para saber o estado clínico atual da paciente, mas pasta respondeu que não pode informar o relatório de saúde dela.

Raiva humana no Ceará

Veja o histórico de casos de raiva humana registrados no Estado

2008: 1 caso em Camocim (sagui)
2010: 2 casos, sendo 1 em Chaval (cão) e 1 em Ipu (sagui)
2012: 1 caso em Jati (sagui)
2016: 1 caso em Iracema (morcego)
2023: 1 caso em Cariús (sagui)
2025: 1 caso em Jucás (sagui)

Fonte: Boletim epidemiológico de 2024, Sesa.

Sesa reforça orientações sobre contatos com animais silvestres

A orientação do Governo é de que a população mantenha distância desses animais, que, pela origem silvestre, não podem ser vacinados.

"As pessoas devem evitar manter contato, seja alimentando ou acariciando. Caso note algum deles com comportamento estranho e fora do bando, a Sesa ou o Setor de Controle de Zoonoses deve ser comunicada para realizar a contenção correta", explica o médico epidemiologista e coordenador da Célula de Vigilância e Prevenção de Doenças Transmissíveis e Não Transmissíveis (Cevep), Carlos Garcia. O mesmo é orientado em relação a raposas e morcegos, por exemplo.

O caso da moradora de Jucás deixou o Estado em alerta, uma vez que, de 2008 até o ano passado, foram registrados apenas seis casos de raiva humana no Ceará, distribuídos nos municípios de Camocim, Chaval, Ipu, Jati, Iracema e Cariús. Este, de Jucás, é o sétimo, e foi o quinto transmitido especificamente por sagui, um primata de pequeno porte normalmente encontrado, também, nos estados de Alagoas, Paraíba, Pernambuco, Piauí e Rio Grande do Norte. A raiva é transmitida a humanos pela saliva de animais domésticos ou silvestres infectados. A transmissão pode ocorrer após mordidas, arranhões ou lambidas de cães, gatos, saguis, raposas e morcegos, por exemplo. A doença é considerada de alta letalidade.

Nesse contexto, a articuladora do Grupo Técnico de Zoonoses da Sesa, Kellyn Cavalcante, informou que foi feito um inquérito epidemiológico e uma busca ativa de animais silvestres em Jucás. Além disso, a equipe governamental intensificou ações de educação em saúde para profissionais da assistência e agentes de combate às endemias.

"Estivemos presencialmente e também realizamos uma webconferência sobre as profilaxias pré e pós-exposição. Estamos trabalhando de forma integrada com a imunização e o controle animal", afirmou a gestora.

Vacinação

A vacinação e o soro antirrábico são a principal forma de prevenir a raiva para seres humanos. "A prevenção é a melhor forma de evitar a morte pela raiva. Existe a vacinação pré-exposição para quem mantém contato frequente com animais, como veterinários, e a pós-exposição para quem sofreu algum acidente", diferencia a diretora técnica e infectologista do HSJ, Ruth Araújo.

Segundo a Sesa, no ano passado, o Estado bateu a meta de vacinar 2,5 milhões de animais contra a doença, sendo 1,5 milhão de cães e mais de 900 mil gatos. 

via: diario do nordeste



nanomag

Radialista Publicitario e Líder dos movimentos sociais.


0 thoughts on “Mulher de 58 anos é internada com raiva humana no Ceará; caso é 7º em 17 anos

    Faça um comentário.