O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou nesta segunda-feira (13) que o Brasil quer cooperação e ajuda para preservar o meio ambiente. Segundo o ministro, se há erros ou excessos nas políticas ambientais do Brasil, eles serão corrigidos.
"O Brasil sabe da importância do crescimento sustentável do ponto de fiscal e ambiental. O Brasil é um país que alimenta o mundo preservando o meio ambiente. Se há excessos e se há erros, corrigiremos", disse o ministro durante reunião virtual da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).
Durante seu discurso, Guedes afirmou que o Brasil é um dos países que mais preservam seus recursos naturais e que mais protegem seus povos indígenas. Porém, disse que o país tem dimensões continentais e que, por isso, precisa de ajuda.
"Sabemos respeitar tanto o nosso meio ambiente quanto os povos indígenas. Sabemos que temos que preservar e proteger e queremos apoio para fazer isso melhor", afirmou.
O governo brasileiro tenta melhorar sua imagem em relação à proteção da Amazônia e de povos indígenas diante de críticas e alertas que tem recebido de investidores, preocupados com temas como aumento do desmatamento e de queimadas na região.
Na última semana, o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) divulgou um novo recorde de desmatamento na Amazônia. Nesta segunda, o Ministério de Ciência e Tecnologia exonerou uma das coordenadoras do órgão.
Desde que tomou posse, o presidente da República Jair Bolsonaro é criticado por ter tomado medidas que afrouxaram a fiscalização ambiental.
Nas últimas semanas, o vice-presidente da República, Hamilton Mourão, tem realizado uma série de conversas com investidores – nacionais e estrangeiros – para apresentar as ações do governo federal e tentar evitar a perda de investimentos no país.
Mourão também comanda o Conselho da Amazônia tem sido pressionado a apresentar ações concretas para frear a devastação da natureza.
Apesar de falar em cooperação e ajuda, Guedes declarou que o presidente Jair Bolsonaro fez um "compromisso" com a população sobre a soberania nacional sobre a Amazônia e que o país não aceitará "falsas narrativas" sobre o que aconteceu na região.
Disse, ainda, que muitas das críticas escondem políticas protecionistas de outros países.
OCDE
Durante a cúpula, que discutiu os impactos sociais da pandemia do novo coronavírus na América Latina, Guedes reafirmou a intenção do Brasil de entrar na OCDE.
Segundo o ministro, a economia brasileira ficou fechada por muito tempo. Por isso, diz Guedes, o que mais impactou a economia brasileira durante a pandemia do novo coronavírus foram as medidas de isolamento social e não a ruptura das cadeias globais.
Guedes disse, no entanto, que o país quer aumentar a sua integração e que continua estimulado a entrar para a OCDE. Não há um cronograma exato para que esse processo avance.
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