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Guedes diz que ‘modelo equivocado’ tornou Brasil prisioneiro do baixo crescimento






O ministro da Economia, Paulo Guedes, repetiu hoje o discurso de que o Brasil perdeu o ritmo do crescimento econômico e passou a ser um prisioneiro do baixo crescimento porque tinha um modelo econômico que era equivocado.
“Brasil perdeu a velocidade e não conseguimos crescer 2% ao ano. Nós perdemos porque o modelo econômico era equivocado”, disse o ministro em entrevista coletiva no Palácio do Planalto. Ele destacou que vai trabalhar para remover os obstáculos à expansão do país.
Assim como em outros momentos, Guedes ressaltou que devido ao período de juros altos o Brasil virou o paraíso do rentista, modelo econômico que não interessa ao governo e que começou a mudar. Segundo o ministro, muitos perguntam sobre o fato de o Brasil ser a oitava economia do mundo e estar em 106° lugar em ambiente de negócio, o que acontece devido o imposto alto e a regulamentação excessiva. “Chega um momento que tem mudar esse modelo”, contou. Para o ministro, isso é que vai garantir os investimentos privados.
Na avaliação de Guedes há “trilhões de dólares sobrando” no mundo, assim como recursos naturais, e muita gente procurando emprego. Por isso, na avaliação dele, está faltando no mundo empreendedores.
O ministro defendeu o aumento do investimento e o ganho da produtividade, o que se refletiria em uma elevação do salário dos trabalhadores. Segundo ele, o que acontece hoje, é que temos um modelo que paga baixos salários e ainda tributa a mão de obra. “Tudo isso está no mapa e vamos remover obstáculos ao crescimento”, ressaltou.

Guedes disse ainda que o país já teve investimento elevado, mas hoje, se fosse possível duplicar, o sairia de 1,4% para 2,8% do PIB. “É muito pouco. Não vai fazer o Brasil crescer”, ressaltou.

Licença, não oportunismo

Guedes afirmou também que o país precisou se voltar às medidas emergenciais, mas que seria “muito oportunismo político” e irresponsabilidade fiscal aproveitar esse momento para promover uma “farra fiscal” ou dar protagonismo excessivo a algum ministério.
Segundo ele, alguns ministérios estão “vislumbrando novos espaços de ação”, mas essas medidas precisam caber no orçamento. Em outro momento, disse que seu ministério é apenas “o espelho que mostra a conta”.
Destacou que, apesar da crise, é preciso sinalizar que o “Brasil tem rumo”. “Vamos seguir com o nosso programa de transformação”, completou.
Além disso, disse que o governo estava fazendo as reformas estruturais e que em pouco mais de três semanas se transformou em um governo de medidas emergenciais. “Claro que é um governo que estava no trilho e saiu para combater o incêndio na mata”, afirmou.
Guedes reforçou que o momento é de crise na saúde e que é natural de Brasília a disputa por recursos.
Disse ainda que está em discussão com o Senado a aprovação do projeto de socorro a Estados, que deve descentralizar mais de R$ 100 bilhões. O ministro voltou pedir a contribuição do funcionalismo.
O ministro afirmou ainda que o país fará a retomada “nos trilhos” e que os investimentos virão. Ele afirmou que o ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, sabe que “com mais R$ 4 bilhões por ano”, na verdade, atrairá “R$ 230 bilhões ou R$ 240 bilhões” privados.
No Palácio do Planalto, disse que o “Pró Brasil” é uma tentativa de falar que é necessário aumentar os investimentos em infraestrutura. “Podemos fazer um pouco mais de investimento público aqui naquela área? Podemos. Dentro do orçamento”, completou.
Guedes disse ainda que há “perfeita sintonia” entre os ministérios da Economia e a da Casa Civil e que Braga Netto é “o homem que planeja”, coordenando as ações, enquanto ele é “o cara do caixa”, e que o caminho para a retomada não é “repetir o erro do governo passado”, tentando saída através de obras públicas. “Não vamos cavar mais fundo para sair do buraco”, afirmou no Palácio do Planalto.
(Com conteúdo publicado originalmente no Valor PRO, o serviço de notícias em tempo real do Valor)



nanomag

Radialista Publicitario e Líder dos movimentos sociais.


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