Um homem armado invadiu a Catedral de Campinas, em São Paulo (SP), na tarde desta terça-feira (11/12), matou quatro pessoas e deixou quatro feridas. De acordo com o Corpo de Bombeiros, o suspeito teria utilizado um revólver e uma pistola calibre .38 para realizar os disparos.
Após o massacre, o atirador se matou no altar da igreja. No momento do crime, a polícia estava mobilizada para um roubo a banco no centro da cidade. Mas, de acordo com as primeiras testemunhas ouvidas, o ataque não tem a ver com essa ocorrência. As pessoas relataram um ato solitário contra os fiéis que permaneciam no local após assistirem a uma missa.
“Foram mais de 20 tiros aqui dentro”, disse o padre Amauri Ribeiro Thomazzi, que havia acabado de celebrar a missa no momento do ataque.
Ele pediu orações para o atirador. “Ninguém pôde fazer nada. Não tem como entrar ou sair da catedral. Aos amigos, eu peço apenas que rezem pela pessoa, porque ele se matou depois da situação. Então, rezemos por ele e pelos feridos. Estou mandando a mensagem para dizer que está tudo bem”, disse o padre, que acompanha a perícia do lado de dentro da igreja.
De acordo com informações do comandante do 8º Batalhão de Polícia Militar de Campinas, major Adriano Augusto, o atirador estava em um dos bancos da igreja. Após analisar imagens internas da catedral, ele informou que o homem se levantou, atirou primeiro em direção às pessoas que estavam sentadas logo atrás dele e, em seguida, começou a se deslocar até o altar.
O major informou ainda que o atirador chegou a recarregar uma das armas e que atirou contra si mesmo quando viu policiais entrando na igreja. Esses militares estavam na praça em frente a catedral e foram ao local quando ouviram os primeiros disparos.
A polícia acredita que o crime tenha sido premeditado, visto que o atirador utilizou munição suficiente para matar as vítimas e deixou apenas uma bala para o suicídio.
Equipes do Samu e dos bombeiros foram enviadas ao local por volta das 13h20. Entre as vítimas, estariam idosos. Ainda não se sabe a motivação nem as circunstâncias do ato.
A informação inicial é que uma mulher de 65 anos, com ferimentos na região da cervical, foi levada ao Hospital Mário Gatti. Outra, de 40, teve de ser encaminhada ao Hospital de Clínicas da Unicamp.
De acordo com os bombeiros, os sobreviventes passarão por cirurgia para a retirada dos projéteis que atingiram partes vitais. A Catedral de Nossa Senhora da Conceição, localizada no centro de Campinas, está cercada pelas forças de segurança da cidade.
Na hora do ataque, houve corre-corre, principalmente na Rua 13 de Maio, uma das mais movimentadas do comércio local.
Em nota, a Arquidiocese de Campinas informou que ainda não sabe a motivação do crime e que a Catedral segue fechada para atendimento às vitimas e investigação da polícia.
Mais cedo, o secretário de Segurança Pública de Campinas, Luiz Augusto Baggio, que acompanha o atendimento no local, havia dito que o homem entrou na igreja atirando. “Ele entrou fatalizando as pessoas. Não sabemos a motivação, a não ser a própria loucura dele”, disse. No entanto, essa informação não foi confirmada pela PM.
Testemunhas
A gerente de uma loja de alianças que fica perto da catedral ouviu os disparos e se assustou. “Ouvimos muitos tiros, mais de 20. Ouvi, mas não estava entendendo. Só fui entender quando as pessoas entraram correndo e gritando dentro da loja”, disse Patrícia Silvério, de 40 anos.
A gerente de uma loja de alianças que fica perto da catedral ouviu os disparos e se assustou. “Ouvimos muitos tiros, mais de 20. Ouvi, mas não estava entendendo. Só fui entender quando as pessoas entraram correndo e gritando dentro da loja”, disse Patrícia Silvério, de 40 anos.
“Vi um senhor, todo ensanguentado, correndo, até que uma ambulância o segurou.” Segundo ela, várias lojas das redondezas fecharam as portas e uma faixa amarela faz o isolamento do local.
Pedro Rodrigues estava dentro da catedral e viu quando o atirador entrou e fez os disparos. “Era hora do almoço e fazia uns 5 minutos que a missa tinha acabado. Ele chegou com a arma em punho e saiu atirando. Sempre pensei que a igreja era um lugar seguro”, disse Rodrigues.
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