Acidente na obra da Linha 4-Amarela
O acidente na obra da Estação
Pinheiros, da Linha 4-Amarela, na zona oeste da capital paulista,
completa dez anos nesta quinta-feira, 12 de janeiro. Sete pessoas
morreram após o desmoronamento do canteiro abrir uma cratera de mais de
80 metros de diâmetro e 30 de profundidade.
Relembre a seguir maior tragédia da história do Metrô de São Paulo:
O acidente aconteceu na tarde do dia 12 de janeiro de 2007, uma sexta-feira, por volta das 15 horas. Das sete vítimas, seis estavam na Rua Capri. A cratera engoliu casas, três carros, três caminhões e um micro-ônibus que passava pela região.
Dentro do micro-ônibus da Linha 177Y/10 Casa Verde-Pinheiros, estavam quatro vítimas: o motorista Reinaldo Aparecido Leite, o cobrador Wescley Adriano da Silva e os passageiros Márcio Alambert e Valéria Alves Marmit.
Também morreram no acidente Francisco Sabino Torres, motorista de um caminhão que trabalhava na obra, a aposentada Abigail de Azevedo e o office boy Cícero Augustino da Silva, que chegavam ao ponto de ônibus no momento do acidente.
Um raio de um quilômetro ao redor do acidente foi interditado, e as pessoas foram aconselhadas a deixarem suas casas e trabalhos.
O então prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (PFL), visitou o canteiro da Estação Pinheiros no dia do acidente.
O então governador de São Paulo, José Serra (PSDB), também esteve no local do acidente e deu entrevista coletiva a jornalistas.
Em maio de 2016, a Justiça de São Paulo inocentou todos os 14 acusados pelo acidente na obra da Estação Pinheiros. Entre os réus da ação penal, cinco eram funcionários do Metrô e nove do consórcio responsável pelo obra ou de empresas terceirizadas.
Para a juíza Aparecida Angélica Correia, da 1ª Vara Criminal de São Paulo, não ficou provado no processo que os técnicos tinham condições de evitar o acidente.
'Não ficou demonstrado que a conduta deles concorreu para a ocorrência do acidente', afirmou a juíza, na decisão, proferida em maio de 2016. Segundo ela, a denúncia foi oferecida com base em relatório técnico, cujas conclusões apontam indícios de autoria. 'Ocorre, porém, que durante a instrução probatória tais conclusões não foram sustentadas.'
As obras da Linha 4-Amarela eram realizadas pelo Consórcio Via Amarela, liderado pela Odebrecht. As empresas OAS, Queiroz Galvão, Camargo Corrêa e Andrade Gutierrez também faziam parte do consórcio. As cinco empreiteiras são atualmente investigadas pela Operação Lava Jato.
O Ministério Público Estadual (MPE) recorreu da decisão em segunda instância. Segundo a denúncia, as estruturas do túnel da estação apresentaram 'movimentação anômala' em dezembro de 2006, um mês antes da tragédia. O problema teria sido detectado por instrumentos de segurança, mas mesmo assim as escavações continuaram, diz a promotoria.
Em reunião com engenheiros e geólogos envolvidos na obra, realizada no dia 11 de janeiro de 2007, ficou decidido que as paredes do túnel deveriam ser reforçadas com 345 tirantes - peças que reforçam a estrutura. De acordo com a acusação, o acidente aconteceu sem que a providência tivesse sido tomada. Para a promotoria, os réus foram 'negligentes'.
Foram interditados 94 imóveis, dos quais sete foram demolidos e catorze condenados pela Defesa Civil.
Quatro anos depois do acidente, a Estação Pinheiros da Linha 4-Amarela foi inaugurada pelo governador Geraldo Alckmin (PSDB) e pelo prefeito Gilberto Kassab (PSD) em 16 de maio de 2011.
Relembre a seguir maior tragédia da história do Metrô de São Paulo:
O acidente aconteceu na tarde do dia 12 de janeiro de 2007, uma sexta-feira, por volta das 15 horas. Das sete vítimas, seis estavam na Rua Capri. A cratera engoliu casas, três carros, três caminhões e um micro-ônibus que passava pela região.
Dentro do micro-ônibus da Linha 177Y/10 Casa Verde-Pinheiros, estavam quatro vítimas: o motorista Reinaldo Aparecido Leite, o cobrador Wescley Adriano da Silva e os passageiros Márcio Alambert e Valéria Alves Marmit.
Também morreram no acidente Francisco Sabino Torres, motorista de um caminhão que trabalhava na obra, a aposentada Abigail de Azevedo e o office boy Cícero Augustino da Silva, que chegavam ao ponto de ônibus no momento do acidente.
Um raio de um quilômetro ao redor do acidente foi interditado, e as pessoas foram aconselhadas a deixarem suas casas e trabalhos.
O então prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (PFL), visitou o canteiro da Estação Pinheiros no dia do acidente.
O então governador de São Paulo, José Serra (PSDB), também esteve no local do acidente e deu entrevista coletiva a jornalistas.
Em maio de 2016, a Justiça de São Paulo inocentou todos os 14 acusados pelo acidente na obra da Estação Pinheiros. Entre os réus da ação penal, cinco eram funcionários do Metrô e nove do consórcio responsável pelo obra ou de empresas terceirizadas.
Para a juíza Aparecida Angélica Correia, da 1ª Vara Criminal de São Paulo, não ficou provado no processo que os técnicos tinham condições de evitar o acidente.
'Não ficou demonstrado que a conduta deles concorreu para a ocorrência do acidente', afirmou a juíza, na decisão, proferida em maio de 2016. Segundo ela, a denúncia foi oferecida com base em relatório técnico, cujas conclusões apontam indícios de autoria. 'Ocorre, porém, que durante a instrução probatória tais conclusões não foram sustentadas.'
As obras da Linha 4-Amarela eram realizadas pelo Consórcio Via Amarela, liderado pela Odebrecht. As empresas OAS, Queiroz Galvão, Camargo Corrêa e Andrade Gutierrez também faziam parte do consórcio. As cinco empreiteiras são atualmente investigadas pela Operação Lava Jato.
O Ministério Público Estadual (MPE) recorreu da decisão em segunda instância. Segundo a denúncia, as estruturas do túnel da estação apresentaram 'movimentação anômala' em dezembro de 2006, um mês antes da tragédia. O problema teria sido detectado por instrumentos de segurança, mas mesmo assim as escavações continuaram, diz a promotoria.
Em reunião com engenheiros e geólogos envolvidos na obra, realizada no dia 11 de janeiro de 2007, ficou decidido que as paredes do túnel deveriam ser reforçadas com 345 tirantes - peças que reforçam a estrutura. De acordo com a acusação, o acidente aconteceu sem que a providência tivesse sido tomada. Para a promotoria, os réus foram 'negligentes'.
Foram interditados 94 imóveis, dos quais sete foram demolidos e catorze condenados pela Defesa Civil.
Quatro anos depois do acidente, a Estação Pinheiros da Linha 4-Amarela foi inaugurada pelo governador Geraldo Alckmin (PSDB) e pelo prefeito Gilberto Kassab (PSD) em 16 de maio de 2011.
Faça um comentário.