Nos dias 21 e 22 de maio, os presídios da RMF foram destruídos numa mega-rebelião
O Conselho Penitenciário do Estado do Ceará vai divulgar nesta sexta-feira (15) um relatório especial elaborado após uma série de vistorias realizadas nas unidades do Sistema Penal atingidas pela mega-rebelião ocorrida em maio passado. Durante os motins, pelo menos, 14 presos foram assassinados e dezenas conseguiram fugir.
O Conselho Penitenciário visitou todas as unidades onde os detentos se rebelaram entre os dias 21 e 22 de maio, por ocasião da greve deflagrada pelos agentes penitenciários, responsáveis pela guarda e disciplina interna dos presídios, penitenciárias e Casas de privação Provisória da Liberdade, as chamadas CPPLs.
O quadro é desolador e de destruição. Em todas as seis unidades onde ocorreram os motins houve completa destruição dos xadrezes e de outros setores. Até hoje, na maioria dos presídios da Região Metropolitana de Fortaleza (RMF), os detentos continuam soltos dentro das unidades, já que a tranca não é feita por não haver mais grades nas celas.
Maioria
Mesmo com o fim da mega-rebelião de maio, a situação nos presídios continua tensa e a destruição não foi ainda reparada. As fugas acontecem de forma insistente. A última aconteceu há apenas 24 horas, quando foi descoberto um túnel na CPPL I. Embora a Secretaria da Justiça e da Cidadania (Sejus) não tenha ainda dado números oficiais sobre o caso, há especulações de que podem ter escapado daquela unidade cerca de 300 detentos, apenas 22 foram recapturados até agora.
O relatório das vistorias será apresentado pelo presidente do Conselho, Cláudio Pessoa e será encaminhado à Sejus e outros órgãos que tratam da política penitenciária. Hoje, cerca de 24 mil detentos formam a massa carcerária do Ceará e a maioria é integrada por presos provisório, isto é, aqueles que aguardam julgamento.
Faça um comentário.